O cenário estava montado: um púlpito com o símbolo do PSD, um painel com o lema da candidatura de Paulo Rangel 'Unir, Crescer, Vencer' e cerca de setenta cadeiras, com bandeiras do PSD, à espera dos apoiantes. Mais atrás, os jornalistas tinham indicação para não ocupar uma área separada por mesas com o argumento de que estaria reservada para mais militantes. Esperava-se sala cheia. Esperava-se vitória.
Passava pouco das 21h quando o Expresso recebia a confirmação, vinda do núcleo de apoiantes de Paulo Rangel: "Acabou". Confirmando-se a vitória larga de Rui Rio em Barcelos (a segunda maior concelhia em número de militantes) estava feito. "Rui Rio ganhou". Vila Nova de Famalicão, onde Luís Montenegro tinha esmagado há dois anos por 600 votos, desta vez falhou: Rangel ganhou apenas por 16 votos. O distrito de Braga estava perdido. O mesmo aconteceu no Porto, onde Paulo Rangel contava com a vitória por ter do seu lado todos os principais dirigentes e autarcas que outrora tinham estado do lado de Rio. Afinal, Rio só não ganhou em Gondomar e Lousada, ganhando o distrito por cerca de 1200 votos.