Se perder no sábado, Rio já disse que sai, “ponto final parágrafo”. E se ganhar contra a esmagadora maioria do aparelho partidário? Poderá dar-se a situação esdrúxula de ter um congresso e depois um Conselho Nacional longe de alinharem com ele. A falta de união no partido sempre foi a maior crítica apontada a Rio e dificilmente será ultrapassada. A relação entre os dois candidatos ficou ferida de morte. E há quem prometa “mudanças” no funcionamento do PSD se ficar provado nas urnas que o aparelho está desfasado das bases. Limpeza à vista?
Se Rio ganhar o partido, a campanha das legislativas vai ser feita a disputar o centro com o PS. Uma estratégia que contrasta com a alta bipolarização de blocos (esquerda e direita) que Rangel procura fazer e que pode não ser tão eficaz no apelo ao voto útil. Rio acredita que é ao centro que está o maior número de votos disponíveis para serem conquistados e vai insistir em fazer uma oposição moderada no tom, apresentando um caminho alternativo. Resta saber em que matérias Rio admite ter uma base negocial para viabilizar orçamentos ao PS e se, admitindo fazê-lo, consegue que os votos não fujam para o... PS.