Exclusivo

Política

Rangel “escandalizado” com Temido, no dia que recebeu o apoio envergonhado de Moedas

Paulo Rangel criticou Rui Rio por não ter criticado as palavras da ministra da Saúde que disse que os profissionais do setor não tinham “resiliência”. Afirmou-se "chocado" aquelas palavras e apontou também ao adiamento da extinção do SEF (com que Rio concordou). Quanto às medidas que o Governo anuncia na quinta-feira, Rangel não levantou obstáculos: podem ser "suaves e moderadas" agora, e mais restritivas se for necessário depois

NUNO BOTELHO

De manhã, ouviu Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, dizer à Rádio Observador que não ia tomar partido na disputa pela liderança, mas que era "amigo de Paulo Rangel há muitos anos" e desejava um partido `mais dinâmico”. Umas horas depois, o candidato almoçou com Carlos Moedas, a convite deste, numa espécie de apoio envergonhado, simbólico mas não assumido. À noite, fez dois em um: Paulo Rangel criticou o Governo, criticando o líder do PSD por não criticar o Governo.

Após uns dias sem agarrar a agenda política, o eurodeputado candidato à liderança social-democrata cavalgou as notícias desta quarta-feira para apontar a Rui Rio e a António Costa ao mesmo tempo, na Saúde e no adiamento da reforma do SEF. “Estou escandalizado, chocado até, com as declarações da ministra da Saúde”, que, para resolver o problema das contratações de profissionais de saúde, disse que os profissionais “não são suficientemente resilientes”, atirou Rangel numa sessão de esclarecimento em Santarém.