Exclusivo

Política

Rio em tom “picado” aposta no voto útil para primeiro-ministro e recebe apoio do ex-presidente do Constitucional

O ex-presidente do TC apoia Rio para ser “primeiro-ministro”. Líder arrancou duro contra Rangel com discurso à procura dos votos não condicionados pelo aparelho

Rui Rio lançou a candidatura no Porto para completar a “inversão do ciclo político” e ganhar eleições legislativas

Com um tom muito mais agressivo do que o de Paulo Rangel a semana passada, Rui Rio apresentou a sua recandidatura à liderança do PSD a destacar a imagem de perfil executivo e com um ataque feroz ao rival (que tinha deixado no ar na noite das europeias de 2019): “O adversário que tenho, teve o pior resultado da história do PSD” (ver texto pág. 14). As duas fações já tinham arrancado para a corrida com a contagem de espingardas no aparelho, mas Rio pôs o ónus todo do outro lado: “O que está em causa é a escolha do próximo primeiro-ministro do nosso país. Não estamos perante a escolha de um bom tribuno nem de um eficaz angariador de votos partidários”, atirou o presidente do PSD. Este posicionamento faz parte da nova estratégia.

Ensombrado pela derrota no Conselho Nacional quanto ao adiamento das eleições internas por causa da crise política, acusou a oposição interna de “aventureirismo”. O tom “picado” acentuou-se nas perguntas aos jornalistas, mas no discurso já tinha assumido que “seria muito prejudicial para o partido” se “o PSD mudasse de presidente” quando há “sinais visíveis de uma grande abertura para votar no PSD”. O mote de comunicação da candidatura está lançado: o apelo ao voto útil.