Surpreendido e emocionado, o discurso de Fernando Medina é uma espécie de ponto de partida para a governação de Lisboa nos próximos anos. Apesar da maioria de esquerda que saiu das eleições, o desejo do PS é “não bloquear” o novo autarca, afirma ao Expresso Duarte Cordeiro, presidente da Federação de Lisboa do PS. A primeira prioridade é suavizar a transição. E o que se segue pode “ser uma oportunidade de crescimento entre políticos e partidos”, acrescenta o presidente da concelhia do PS em Lisboa, Sérgio Cintra. O que não significa que algumas promessas eleitorais de Carlos Moedas, pelo menos como foram apresentadas, não batam na trave.
O primeiro sinal de tensão está na eleição, ainda por agendar, do presidente da Assembleia Municipal (AM). Cabeça de lista de Moedas, Isabel Galriça Neto não ficará no cargo, isto porque “o PS tem mais deputados municipais e há uma maioria de esquerda da AM”, justifica Duarte Cordeiro.