A Área Metropolitana do Porto (AMP) anunciou, esta sexta-feira, que deu por concluída a fase de testes para a utilização ininterrupta, durante 24 horas por dia, de um novo sistema integrado de videovigilância destinado à prevenção de incêndios florestais, instalado em modo experimental desde o início da primavera e autorizado por despacho de Antero Luís, secretário de Estado da Administração Interna, a partir desta semana.
O projeto, pioneiro a nível metropolitano, irá abranger as áreas florestais de nove dos 17 municípios da AMP, identificadas como prioritárias pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e situadas nos concelhos de Vila do Conde, Santo Tirso, Vila Nova de Gaia, Valongo, Paredes, Gondomar, Vale de Cambra e Arouca.
Ao todo, o sistema será composto por 33 câmaras instaladas em 11 torres de vigilância que irão monitorizar a deteção de fogos, sistema que permitirá ainda ajudar no “planeamento preventivo de combate a incêndios”. As Torres de Acompanhamento Remoto estão equipadas com câmara de deteção automática. A gestão do sistema implicou a instalação de um novo Centro de Gestão e Controlo, no Comando Territorial da GNR do Porto e a ampliação do existente no CDOS da Invicta. O sistema terá ainda um Centro de Monitorização Remota (CMR) a funcionar num veículo afeto ao CDOS do Porto.
Nos 17 municípios da AMP serão também instalados outros tantos Centros de Monitorização Remota secundários e dois no Comando Territorial da GNR e CDOS de Aveiro.
O sistema metropolitano de videovigilância já teve parecer favorável da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), embora com restrições: não é permitida a captação ou gravação de sons, as câmaras não farão visualizações sobre edifícios privados e as funcionalidades analíticas dos sistemas apenas “são permitidas para a deteção de colunas de fumo e focos de incêndio”.
É ainda obrigatório que todas as intervenções no sistema sejam efetuadas sob o controlo da GNR, enquanto força de segurança responsável pelo tratamento de dados. O chefe de operações, treino e relações públicas do Comando Territorial do Porto da GNR será o responsável pela conservação e tratamento dos dados.