A relação entre o Presidente da República e o primeiro-ministro “é exatamente a mesma”, assegura António Costa, mas há algumas notas a deixar sobre estes meses de coabitação depois das eleições presidenciais por parte do chefe do Governo, sobretudo no que a notícias sobre Belém diz respeito. “A minha relação com o Presidente não se faz através da comunicação social, mas diretamente. Na relação direta que tenho com o senhor Presidente da República só tenho a dizer que muito do que vejo escrito nos jornais não corresponde à realidade daquilo que me é transmitido pelo próprio Presidente”, diz António Costa em entrevista ao Expresso (ver Revista E). Desde que iniciou o segundo mandato, Marcelo Rebelo de Sousa mudou a sua forma de atuação para com o Governo, fez reparos à estratégia de desconfinamento, promulgou leis da oposição, que o Governo acabaria por enviar para o TC (ver texto ao lado), e fez críticas ao Plano de Recuperação e Resiliência. Para Costa, tudo se mantém igual, até porque os poderes são os mesmos. “Houve eleições presidenciais, mas o Presidente é o mesmo, o primeiro-ministro é o mesmo, os poderes de cada um na Constituição são os mesmos e a relação é exatamente a mesma”, garante. Costa acredita que Marcelo continua a ser o garante da estabilidade e duvida do ceticismo demonstrado nos últimos tempos: “O senhor Presidente tem aliás sublinhado que agora é mais otimista do que o primeiro-ministro. Não tem evoluído no sentido cético, tem evoluído no sentido otimista”, diz.
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Costa sobre Marcelo: “Muito do que vejo nas notícias não corresponde ao que me é transmitido pelo PR”
Presidente tem acentuado a pressão - e até feito críticas, algumas em público, outras em privado. Em entrevista ao Expresso, Costa responde