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Abrir mais, vacinar crianças, comunicar de forma simples. Os sete recados de um Marcelo “irritantemente otimista”

O Presidente da República foi ao Infarmed ouvir os especialistas e gostou - muito - do que ouviu. E aproveitou para sublinhar, perante António Costa, que há semanas vem pedindo uma flexibilização das restrições. Para a frente, ficaram alguns recados. Eis as sete conclusões que Marcelo tirou do encontro e o que está nas entrelinhas de cada um

PEDRO NUNES

O Presidente da República fechou a primeira fase de debate no Infarmed elogiando as “exposições interessantíssimas” dos peritos e assumindo uma troca de posição com o primeiro-ministro: "Houve aqui uma inversão de posições. Eu assumo, estou agora um bocadinho irritantemente optimista. O sr PM optimista, eu mais", disse Marcelo, na intervenção que deixou logo após as muitas intervenções dos especialistas.

Mesmo otimista, Marcelo não deixou de tirar "sete conclusões do encontro, colocando alguma pressão sobre as decisões que se seguem. Em síntese, deixou clara a sua preferência pela vacinação das crianças (apesar das reservas de alguns especialistas, assumiu), usou a proposta de revisão da matriz para empurrar o Governo para aceitar diminuir as restrições em vigor e pediu "clareza" no quadro de medidas que for definido para os próximos dois meses.

Numa sessão que classificou como "muito esclarecedora", o Presidente pôs pressão sobre Costa: lembrou que “os políticos são escolhidos para decidirem e respondem por isso dia a dia", com o apoio da informação vinda dos especialistas. "A informação vem nomeadamente dos especialistas, de várias sensibilidades. Têm de converter numa só decisão", concluiu Marcelo .

Estas são as sete conclusões do Presidente, cheias de pistas para Costa ter em conta no próximo Conselho de Ministros de quinta-feira.