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“Não somos um bando de fascistas. Só queremos estimular os cidadãos a não engolir petas”, diz o criador da carta dos direitos digitais

José Magalhães admite que a carta dos direitos digitais tem de ser "regulamentada", mas recusa mudanças. E garante que não será o "Estado a distribuir selos de qualidade"

Alberto frias

“É uma tempestade num dedal de água.” O deputado José Magalhães tem "horror" à expressão “pai de” mas assume que é um dos “impulsionadores” da carta dos direitos digitais que pilotou “na longa viagem de mais de dois anos que fez no Parlamento”. Já no fim da jornada, depois de passar no crivo do Parlamento (aprovada sem votos contra) e do Presidente da República (que não levantou dúvidas), a "Carta Portuguesa de Direitos Humanos na Era Digital" chocou de frente com a opinião de intelectuais como Pacheco Pereira ou António Barreto que acusam o Governo de estar a incentivar "a institucionalização da censura" e a "preparar-se para pagar o funcionamento de uma rede infernal de delação, supervisão e vigilância".