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Política

Um debate “triste”, diz general. E o “súbito aparecimento” de um estudo

Se o major-general Carlos Branco entende que os deputados não foram ao fundo da questão no debate desta terça-feira, o almirante Melo Gomes espera que os diplomas desçam à comissão de Defesa sem votação, para poderem ser trabalhados. Os militares criticam o estudo do IDN que apareceu de repente sobre os modelos estrangeiros de comando superior das Forças Armadas. E até aceitavam o modelo espanhol

RODRIGO ANTUNES/LUSA

O PAN abriu uma janela, na tarde desta terça-feira, que pode ajudar a atenuar a contestação dos militares à proposta do Governo para reformar o comando superior das Forças Armadas. A deputada Inês Sousa Real propôs que os projetos em questão - do Governo e do PCP - descessem à comissão parlamentar de defesa sem serem votadas na próxima quinta-feira, "para que se possa ir mais longe na especialidade", afirmou a parlamentar. Um dos promotores das cartas críticas da reforma da estrutura superior de comando das Forças Armadas, o almirante Melo Gomes - que preside ao Grupo de Reflexão Estratégica Independente (GREI) e que assinou a carta dos 28 ex-chefes como antigo comandante da Armada - ouviu a deputada do PAN e considera que essa solução pode ser interessante. "Se querem, de facto, um consenso, era uma solução politicamente muito inteligente", diz ao Expresso.