Pedro Passos Coelho ia participar numa conversa agendada para 25 de março, inserida num ciclo denominado “Repensar Portugal”. Ia, mas afinal já não vai. O ex-primeiro ministro decidiu cancelar a presença, via Zoom, na sessão promovida pela escola de gestão INSEAD, tudo porque, avança o “Observador”, “não gostou de ler especulações infundadas sobre o seu regresso à vida política”.
Em debate iria estar o futuro do país e o convite para o fórum de caráter privado feito ao antigo chefe de Governo tinha como objetivo conhecer a visão de Passos Coelho sobre os “problemas e desafios que Portugal enfrenta na atual conjuntura”.
O ex-primeiro-ministro, escreve o Observador, “não gostou de ler interpretações abusivas sobre a sua participação naquele fórum”, num momento em que muitos sociais-democratas manifestam abertamente o desejo do seu regresso.
“Pedro Passos Coelho não é passado, é presente”, disse o presidente da Câmara de Cascais, durante uma entrevista ao “Público” e à “Renascença”.
Rio agradado com silêncio de Passos
Por sua vez, Rio Rio, entrevistado na passada semana pela “Rádio Observador”, admitiu que tem conversado “pouco” com Passos Coelho. “Falámos desde que ele saiu e eu entrei, mas pouco”, atalhou o atual presidente do PSD, que recusou revelar o conteúdo das conversas, salientando que “isso é da relação dos dois”.
Rio elogiou, contudo, o comportamento do seu antecessor. “Ele não anda aí, e bem, a meter-se e a falar e a querer intervir”, afirmou o líder do principal partido da oposição.
Relativamente ao espectro de Pedro Passos Coelho que paira sobre o PSD, Rui Rio rejeitou comentar o regresso do antigo primeiro-ministro à vida política. “Isso tem de lhe perguntar a ele, não a mim”, atirou.