Portugal voltou a assumir em setembro o comando da missão de treino da União Europeia (UE) na República Centro-Africana (RCA). O comando da missão, para a qual desde 2016 Portugal já enviou 248 militares, acontece pela segunda vez, “um sinal claro do empenhamento de Portugal em prol da segurança em África”, avalia ao Expresso o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, o almirante António Silva Ribeiro. É ainda prova do contributo nacional, no quadro da UE, para a capacitação das Forças Armadas Centro-Africanas (FACA), o que “assume particular relevo no momento em que o nosso país detém a presidência do Conselho da UE”.
Desde que assumiu o comando da missão, há pouco mais de quatro meses, o brigadeiro-general Paulo Neves de Abreu destaca a formação de mais de 2000 militares, o que “constitui um progresso muito significativo”. Ainda para mais tendo em conta que desde dezembro passado, altura da primeira volta das eleições presidenciais e legislativas, na RCA se instalou “um clima de insegurança em todo o país”. “As tarefas de aconselhamento, treino e formação, normalmente dirigidas aos membros do Governo e aos militares das FACA, não são para eles, neste momento, a sua maior e mais importante preocupação”, sinaliza o brigadeiro-general.