Ainda os estilhaços de um Conselho Nacional explosivo: Raul Almeida, o membro da direção do CDS que sugeriu que Cecília Meireles abdicasse do seu lugar para que Francisco Rodrigues dos Santos entrasse no Parlamento, volta à carga e renova o repto, mesmo depois de o presidente do partido ter feito um discurso de apelo à paz no final da reunião que decorreu por videoconferência.
“Confirmo esse desafio, que fiz a título pessoal. Foi uma decorrência das intervenções da Cecília Meireles, que acusou discordância e desconforto absoluto com a direção, que disse que o presidente precisava de reforçar a sua eficácia no combate político, particularmente em relação ao Chega. Em face disso, disse-lhe que a chave para a resolução dos problemas que apontou estava nas suas mãos”, explica ao Expresso Raul Almeida, não se atemorizando com a reação da deputada — que garantiu que não ia ficar “caladinha” perante recados desse tipo — nem do próprio líder parlamentar. Telmo Correia foi assertivo. “É bom que o senhor conselheiro ou quem quer que seja com responsabilidade na direção do partido não entre por aí. É uma linha vermelha”, atirou, dirigindo-se a Raul Almeida.