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Política

Disse "crise política"? "Ultimato" de Costa faz ricochete à esquerda e à direita

Catarina Martins e Jerónimo de Sousa deixaram António Costa a falar sozinho sobre eleições antecipadas e exigiram seriedade nas negociações. O socialista, depois do puxão de orelhas público do Presidente, esqueceu-se do drama à porta da rentrée do partido e limitou-se a dizer que tudo estava a correr lindamente. Já Rui Rio aproveitou para atacar o adversário e afirmar-se como partido moderado do centro. Mas já experimentou o fel dos seus adversários de sempre - os internos

TIAGO MIRANDA

António Costa esticou a corda da crise política, mas para Catarina Martins e Jerónimo de Sousa é tudo uma questão das políticas que o PS aceitar desenvolver. Depois de o socialista ter aproveitado a entrevista ao Expresso para dramatizar ao ponto de dizer que se não existisse acordo à esquerda não existiria Orçamento do Estado e, como tal, teriam de ser convocadas eleições antecipadas, bloquistas e comunistas despacharam a questão com um “ultimatos não, muito obrigado”. O jogo vai ser resolvido, não com retórica, mas à mesa das negociações e com medidas concretas, avisaram ambos.