O relatório que vai sair da audição de Mário Centeno sobre a indicação para Banco de Portugal (BdP), ainda sem data marcada, estará a cargo do grupo parlamentar do PS. O nome do relator socialista será escolhido na próxima semana, sendo que o documento, que deverá apenas ser “descritivo”, terá de ser votado pelos partidos. O Governo acredita que o processo possa ser finalizado antes das férias parlamentares.
Mário Centeno já foi indigitado governador do BdP pelo Governo, mas falta ainda a audição na comissão de orçamento e finanças para que possa efetivamente sentar-se na cadeira até aqui ocupada por Carlos Costa. Dessa sessão deve sair um “relatório descritivo”, como prevê a lei orgânica do supervisor. Há cinco anos, o relatório sobre a audição de Carlos Costa, que estava então a ser reconduzido pelo Governo de Passos Coelho, foi assinado pelo deputado social-democrata Carlos Silva. O documento mereceu os votos a favor de PSD, CDS e PCP e abstenção do PS (o BE esteve ausente da votação). O então presidente da comissão parlamentar, o atual ministro Eduardo Cabrita, classificou o relatório como “uma ata sem qualquer valoração e transcrevendo a audição” de Carlos Costa. O que deverá repetir-se agora com Centeno, já que a lei pede apenas uma descrição da reunião.
Este é um artigo exclusivo. Se é assinante clique AQUI para continuar a ler. Para aceder a todos os conteúdos exclusivos do site do Expresso também pode usar o código que está na capa da revista E do Expresso.
Caso ainda não seja assinante, veja aqui as opções e os preços. Assim terá acesso a todos os nossos artigos.