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Política

Função Pública avisa ministra sobre congelamentos: "Esta ameaça velada não ajuda nada"

Frente Comum dos sindicatos da Administração Públicas "recusa liminarmente" a hipótese de congelamento de carreiras e a travagem nos aumentos salariais prometidos para o próximo ano. Em reação à declarações da ministra, também os sindicatos da UGT acham que as palavras de Alexandra Leitão "não fazem sentido absolutamente nenhum".

Tiago Miranda

"Isto não é só bater palmas", diz José Abraão, ao Expresso. O líder da Fesap, a federação dos sindicatos dos trabalhadores do Estado ligada à UGT, reagiu assim às declarações feitas, esta segunda-feira, pela ministra da Administração Pública. Ao Jornal de Negócios e à Antena 1, Alexandra Leitão abriu a porta ao congelamento das progressões das carreiras dos funcionários públicos, assim como a travagem nos aumentos salariais, no próximo ano. O sindicalista não gostou do que ouviu. "Isto não faz sentido absolutamente nenhum", afirma ao Expresso, considerando que este não é o momento para fazer esta "ameaça velada".

A ministra não foi muito conclusiva sobre o que serão as propostas do Governo para os trabalhadores do Estado. No entanto, admitiu que as "progressões ficarem congeladas, ou diferidas, ou faseadas" eram medidas que "neste momento" não podia "excluir liminarmente”, tendo em conta o impacto que a Covid-19 está a ter sobre as contas públicas.