Até fevereiro, Nelson Souza era um economista discreto que exercia funções de secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão. Passados oito meses, não só subiu a ministro, como as áreas que juntava numa secretaria de Estado deram dois ministérios: o do Planeamento, criado em fevereiro, e o da Coesão Territorial, criado agora. A matéria essencial com que ambos vão trabalhar é a mesma: fundos europeus.
Nelson Souza, no Planeamento, e Ana Abrunhosa, na Coesão Territorial, vão repartir responsabilidades em relação às verbas comunitárias. O Planeamento ficará com a negociação externa dos pacotes comunitários, mas não será cliente dessas verbas — será o Ministério da Coesão a tratar da sua aplicação, em articulação direta com as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR). Dito de outra forma, Nelson Souza garante o bolo financeiro para Portugal, reparte esse bolo, mas não é o seu ministério que o “come”.
Este é um artigo exclusivo. Se é assinante clique AQUI para continuar a ler (também pode usar o código que está na capa da revista E do Expresso).