Eram cinco os estudos que a Comissão Independente para a Descentralização (CID), presidida por João Cravinho, pretendia encomendar, por ajuste direto, a um conjunto de "professores doutores altamente qualificados". E que, contas feitas, somariam 481.350 euros, um valor muito acima do que está orçamentado pela Assembleia da República (AR) para os trabalhos desta Comissão. Considerando o montante "excessivo", o Conselho de Administração do Parlamento pediu ao ex-ministro socialista que reavaliasse os custos, mas este negou-se a fazê-lo. A resposta da AR foi o chumbo maioritário da proposta.
A CID, criada pela própria AR para se debruçar sobre o tema da regionalização - há 20 anos chumbado em referendo - e representada por todos os partidos à exceção do PCP, tencionava encomendar diversos trabalhos, o principal dos quais da autoria de Diogo Freitas do Amaral e Mário Aroso de Almeida, que receberiam o pagamento de 135 mil euros.
Outros estudos pertenceriam a Cândido de Oliveira (19.500 euros), José da Silva Costa (36 mil euros) e João Bilhim (36 mil euros). A somar-se a esta lista, a Comissão planeava solicitar à OCDE uma análise comparativa dos modelos de organização infraestadual dos países membros, que custaria 180 mil euros.
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