Política

Santana Lopes confirma: não será candidato às europeias

O ex-primeiro-ministro confirma que não será cabeça de lista às próximas eleições europeias, tal como o Expresso tinha antecipado. Missão será entregue a outros protagonistas.

NUNO FOX

Pedro Santana Lopes não será candidato às próximas eleições europeias. Ao leme da Aliança, o seu novo partido, o ex-primeiro-ministro vai concentrar todas as suas forças na corrida às legislativas e apostar noutros protagonistas para enfrentar as eleições europeias, em maio.

Foi essa a garantia que deixou ao jornal “Público”, confirmando a informação que o Expresso tinha avançado a 11 de agosto. “Não serei cabeça de lista, nem estarei nessa lista”, assegurou Pedro Santana Lopes.

Tal como explicava o Expresso, a corrida a Estrasburgo teria, pelo menos, duas vantagens: tratando-se de eleições com um voto tradicionalmente mais livre, Santana Lopes podia conseguir um resultado surpreendente, à semelhança do que fez Marinho e Pinto, em 2014; depois, conseguindo um resultado dessa dimensão, o ex-primeiro-ministro teria capital político acrescido (e palco mediático também) para enfrentar as legislativas.

Mas o ex-líder do PSD não quer correr o risco de ver o seu movimento tornar-se, logo à partida, um partido de um homem só. Mais: sairia descredibilizado se regressasse para concorrer às eleições legislativas escassos meses depois de ter sido eleito eurodeputado.

Resta saber quem será o nome escolhido para liderar aquela que será a primeira aventura eleitoral da Aliança. Quando revelou ao Expresso o nome, o símbolo e os princípios fundadores do novo partido, Santana preferiu não revelar, para já, quem o acompanha nesta nova aventura, limitando-se a dizer que há gente do PSD, do CDS e muitas pessoas que nunca estiveram na vida política com vontade de integrar as fileiras do partido. A renovação de quadros e geracional são prioridades para o ex-primeiro-ministro.

O calendário, esse, começa a apertar, como explica aqui o Expresso. A lei exige a entrega de 7500 assinaturas no Tribunal Constitucional para ser formalizado um partido. Depois da constituição da nova força partidária, têm de ser criadas comissões instaladoras em todos os distritos e nas regiões autónomas, e, ao fim de 60 dias, é obrigatória a realização de um congresso fundador. Isso significa que Pedro Santana Lopes terá de organizar uma convenção antes do final do ano, para enfrentar as eleições europeias, em maio, e as legislativas, previsivelmente agendadas para outubro.