O deputado europeu José Manuel Fernandes criticou esta tarde o Governo por "falar muito mas praticar pouco" a descentralização e o crescimento inclusivo do país, concentrando a sua estratégia nas grandes áreas metropolitana, que representam 5,1% do território mas onde reside cerca de 40% da população do país e que aloca 50% do PIB.
"Não se pode governar para 5,1% do território e esquecer o resto do país", diz José Manuel Fernandes, que elogia os autarcas do distrito, que passaram de sete para nove nas últimas autárquicas, e que, refere, mesmo em tempo de austeridade preocuparam-se com a economia, crescimento inclusivo e lutam pelo empreendedorismo. "No fundo são não socialistas, não querem nivelamentos por baixo", acrescenta.
O líder da Comissão Política Distrital aproveitou ainda para dar os parabéns a Pedro Passos Coelho, presente nas últimas Jornadas PSD antes das diretas de janeiro, pelo seu "trabalho notável no país e mais reconhecido ainda" lá fora: "Liderou com ambição e em defesa do Estado social, mesmo em tempo de intervenção financeira".
Entre os méritos do líder demissionário, lembrou a sua capacidade negocial no quadro financeiro plurianual de fundos europeus: "Ainda sob a intervenção da troika conseguiu um financiamento de 30 mil milhões de euros", referindo que até 2020 70% do investimento que veio para Portugal teve origem no orçamento da UE.
O eurodeputado frisa que ainda não percebeu o que "o que o Governo quer para Portugal", numa referência à "desconfiança da aliança radical de esquerda em relação ao Plano Juncker de apoio a milhões de empresas" e "que atua agora na área da florestas".
José Manuel Fernandes garante que Pedro Passos Coelho não vai "andar a rondar por aí", mas adverte que Portugal "não o pode dispensar e o PSD precisa dele"