Quando se lançou no executive search tinha menos de 30 anos e teve de provar que estava na função certa. Maria da Glória Ribeiro é, muito provavelmente, a profissional que mais líderes ajudou a colocar em funções de topo nas empresas nacionais. Ao longo das mais de três décadas de carreira que já soma, a líder da Amrop Portugal, entrevistou mais de 40 mil executivos para cargos de topo.
Licenciada e mestre em Psicologia pela Universidade do Porto, é especialista em Desenvolvimento e Organização empresarial e, acima de tudo, uma apaixonada pelo desenvolvimento de pessoas. Chegou ao sector do recrutamento através de um anúncio de emprego publicado no Expresso, em finais da década de 80. E à distância de mais de 30 anos, não tem dúvidas de que aquilo que agora se exige a um líder de topo é muito diferente do que no passado.
“Hoje somos muito mais exigentes enquanto trabalhadores com as nossas lideranças”, aponta. Se anteriormente o que interessava ao acionista “era ter um líder que atingisse os objetivos" e o que se avaliava “era quanto a empresa tinha crescido, em volume de negócio e em remuneração para o acionista”, atualmente ”um líder sem perfil humanista, é completamente ‘triturado’ pelas suas equipas".
Num mercado de trabalho em completa transformação, “onde os trabalhos herméticos, transacionáveis, desumanos e que provocam infelicidade acabarão, sendo substituídos pela inteligência artificial”, Maria da Glória Ribeiro não tem dúvidas de que “o que sobra para nós é a parte humana, as emoções, a criatividade”.
O CEO é o limite é o podcast de liderança e carreira do Expresso. Todas as semanas a jornalista Cátia Mateus mostra-lhe quem são, como começaram e o que fizeram para chegar ao topo os gestores portugueses que marcaram o passado, os que dirigem a atualidade e os que prometem moldar o futuro. Histórias inspiradoras, contadas na primeira pessoa, por quem ousa fazer acontecer. Ouça outros episódios aqui.