O Conselho das Finanças Públicas (CFP) considera que o Governo, nos próximos quatro anos, não terá margem para tomar medidas que aumentem a despesa ou reduzam a receita sem que sejam tomadas medidas compensatórias. Assim o diz a instituição na sua análise ao Plano Orçamental-Estrutural Nacional de Médio Prazo (POEN-MP), entregue pelo Executivo à Comissão Europeia em outubro, comprometendo-se para os próximos quatro anos com alvos de despesa, saldo orçamental e redução do peso da dívida pública.
Além disso, o Estado poderia, já em 2025, infringir uma das novas regras europeias orçamentais se a previsão do CFP para o aumento da despesa pública, acima da do Governo, se confirmar. Só escapa se conseguir garantir excedentes orçamentais, o que, diz o Conselho, deverá acontecer até 2028.