“Verificamos uma vez mais que o Governo tem dificuldade em fazer descer a carga fiscal, no IRC como no IRS ou no IVA sobre produtos alimentares”. A declaração é de Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal, mas o tom é comum a outros dirigentes empresariais que recebem a proposta do novo Orçamento de Estado para 2023 com críticas antigas, mesmo depois do recente Acordo de Concertação Social.
A CIP - Confederação Empresarial de Portugal opta por não se pronunciar sobre o documento exatamente pela proximidade do acordo assinado no passado domingo. Para o seu presidente, António Saraiva, este é, agora, o tempo da política e os comentários virão quando o documento for aprovado no Parlamento. Mas outras confederações e associações avançam os seus comentários ao Expresso e, no caso da CAP, apesar de ainda ter de analisar os detalhes do documento, Eduardo Oliveira e Sousa comenta que continua a ter dificuldade em perceber porque é “temos de pagar IVA de 23% quando bebemos um sumo de laranja a acompanhar uma refeição com IVA a 13%”.