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Miguel Sousa Tavares

Porquê votar no domingo?

Nos tempos que correm, viver neste espaço europeu de liberdade é um privilégio: é indesculpável não saber merecê-lo

Eu sei que ver Marisa Matias a descascar favas numa feira ou Nuno Melo a ajudar pressurosamente uma dona de casa a embalar compras num saco; que ouvir os tristes discursos de Paulo Rangel (a quem era de exigir bem mais), ou ver Pedro Marques a passear-se num dos comboios a que nada ligou enquanto governante; que escutar João Ferreira a dizer coisa nenhuma sobre uma Europa de que não pode e não quer dizer coisa alguma ou assistir a uma audiência embevecida com Passos Coelho a recordar saudosamente os tempos da troika, são tudo coisas que nada têm que ver com as eleições europeias de domingo próximo e que só dão vontade de ficar em casa ou ir para a praia. Vamos, porém, esquecer os nossos candidatos a Estrasburgo e pensar que estamos a votar também no Parlamento dos 28, onde muito do nosso futuro próximo se vai decidir e onde a Europa que recebemos dos nossos pais e avós vai enfrentar um desafio decisivo entre os que a querem liquidar e os que a querem preservar e afirmar. Vale a pena, então, recordar o que está em jogo.

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