Exclusivo

Clara Ferreira Alves

O nosso tio da América (do sul)

Quando o país bate no peito e diz que em portugal a direita desapareceu, convém perceber que não desapareceu, suicidou-se

Lembram-se dele? Germán Efromovich. O homem que vinha salvar a TAP. O homem da Avianca colombiana e da Avianca Brasil que o trio Passos Coelho, Paulo Portas, Miguel Relvas, coadjuvados pelo advogado Arnaut, tinha assegurado como comprador da linha aérea nacional privatizada. Fomos bombardeados com as notícias deste negócio que não era da China mas desses dois países de reputação impecável, o Brasil e a Colômbia. O pequeno pormenor de a União Europeia não autorizar a propriedade de uma linha aérea a um não-europeu seria resolvido com o passaporte polaco de Efromovich, arranjado devido a ascendência salvífica. A campanha de PR de Efromovich, decerto nas mãos de uns amigos do partido, foi incansável. E culminou num avião fretado com jornalistas portugueses para ouvir o senhor numa conferência de imprensa algures na América do Sul. O homem não se poupou a gastos.

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