Fecharam Berardo numa sala aberta ao mundo e ele fez como inquirido no Parlamento o que não faria como arguido num tribunal: prestou declarações contra si próprio. A novidade não é pois não se ter recriminado, mas poder ter-se incriminado. Percebe o que mudou? Já não interessa rir nem chorar das bestialidades, mas levar o assunto a sério. E perceber se o Estado foi comido num acordo desconhecido, se os bancos foram enganados — e se Berardo cometeu ilegalidades, com efeitos muito para lá da nulidade administrativa: houve burla? Burla dá cadeia.
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