Andei para trás e para a frente, à procura do que pudesse estar na origem dos insultos que os deputados do Chega fazem todos os dias e acabei a pesquisar a definição mais completa de uma instituição portuguesa. Só que a ideia de que aquele pessoal político foi recrutado nas tascas deste país é ofensiva para quem frequenta aqueles locais simples e despretensiosos que servem bebida barata e comida com história regional e local (bacalhau frito com cebola no Minho, bacalhau assado com broa nas Beiras ou bacalhau à Brás em Lisboa). Mas, se esses deputados ultrapassaram todos os limites e um deles chama “aberração” a uma deputada invisual, o que temos de fazer é perguntar que mal terão feito os tasqueiros deste país e os seus clientes para que pensemos neles quando o assunto é a Assembleia da República e a bancada do Chega?
Exclusivo
No país onde a tasca é uma instituição, faz falta a decência parlamentar
Na Alemanha do regime nazi, uma pessoa com deficiência era vista uma aberração e, por isso, era indigna de viver. Não é tempo para os paninhos quentes do PAR, é agora que é preciso dizer basta! A conversa da tasca é uns furos bastante acima daquilo a que temos assistido no Parlamento