O livro em causa cheira de facto a caruncho, a madeira decadente, a móveis por tratar. Esteve pousado na minha mesa e o miama ainda está aqui. Foi escrito pelos alegados defensores da Vida e da Família, mas, na verdade, revela sobretudo ódio pelas famílias reais de 2024 e por vidas reais. Como diz o Papa Francisco, a realidade é superior à ideia e estes autores têm precisamente este problema: apresentam um conceito abstrato e perfeito de Vida que acaba por desprezar vidas reais e concretas; e, pior ainda, têm uma ideia de Família ancorado num passado mirífico e falso e, por arrasto, desprezam as famílias reais de 2024; aliás, na tirada de humor involuntário já famosa de João César das Neves, nota-se o desprezo pelas mulheres reais de 2024.
Exclusivo
Os defensores da Vida e da Família que desprezam vidas e famílias
Estes números espantosos das famílias homossexuais revelam que a vida tem muitos caminhos, tal como a família. E há mais amor numa família homossexual que adota crianças do que nestes arautos da Família e da Vida. Aliás, há amor nos casais homossexuais que criam filhos; neste tal livro que junta Passos e Ventura, cheira-se apenas o ódio, o moralismo e a incapacidade para aceitar que há várias formas de amor, de vida, de família