Há uma nítida diferença entre quem investiga a história familiar para tentar encontrar padrões de interação e quem o faz para descobrir antepassados reais ou nobres, de modo a credibilizar origens sociais duvidosas. Uns e outros acabam da mesma maneira, em cinza ou dentro de uma caixa. Era uma senhora que me fez lembrar, sem ofensa, o Museu da Madame Tussaud. Se trocasse a base pela cera e a pusesse numa sala de veludos e cetins, tinha futuro num museu vivo. Muito simpática, tratou-me de uma forma que mais ninguém tinha feito e creio que não fará: “O senhor doutor desculpe, mas importa-se que o trate por menino?”
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.