Há quem ache que o mundo vai acabar tão depressa que já não há tempo para nada, salvo se voltarmos à Idade da Pedra, e, mesmo assim, sabe-se lá. Esses são os que gritam, partem vidros, atiram tinta a ministros, colam-se a aviões. É difícil perceber o objetivo de tais ações, mas vivemos em liberdade também para poder existir o velho direito à asneira e ao disparate. Qual de nós nunca usou de tal prerrogativa? Depois há um mundo que parece em vias de acabar — o mundo que dificilmente construíram gerações antes das nossas: o mundo da liberdade, da tolerância, da igualdade de direitos, do convívio pacífico.

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