Nas 48 horas que se seguiram à incursão do Hamas a Israel, as redes sociais foram inundadas por uma quantidade avassaladora de desinformação e de imagens falsas misturadas com incontáveis vídeos verdadeiros da violência grotesca do ataque. Esta amálgama de ficções e de atrocidades só começou a ser discutida dias depois. A falta de comunicação do Governo de Israel na fase inicial do ataque tinha criado um vazio que, combinado com o choque, permitira a proliferação de todo o tipo de teorias da conspiração e falsidades. Havia ainda que juntar a própria máquina de propaganda do Hamas, que ao estilo Daesh colocou de imediato vídeos com alguma produção e outros graficamente horríveis no Telegram, essencialmente, e que depois foram ‘sacados’ para outras redes e replicados milhões de vezes. Mas a dimensão do que se passou não se esgota nestes dois fatores. Vai mais fundo.

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