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Opinião

Igreja aberta a gays e trans: sem “mas” ou “porquê”

Os betos beatos julgam-se donos da igreja e, pior ainda, usam a igreja enquanto instrumento do seu poder social, que passa sempre misteriosamente pela diminuição da mulher e pela demonização do homossexual e do trans. Sucede que um gay da periferia da Igreja pode ser tão ou mais católica do que um hetero dos primeiros bancos. Aliás, se a ideia central é a família, conheço homens gays muito mais católicos e amigos da família do que muitos marialvinhas que são católicos só na aparência social

A popularidade do Papa Francisco, comprovada ao máximo na semana passada aqui na Jornada Mundial da Juventude, não pode cegar-nos em relação a um problema: a abertura de Francisco, o primeiro Papa jesuíta, é odiada por largos sectores da Igreja e do povo católico. De resto, este ódio é um dos motores do populismo ou da extrema-direita. Para este sector beato e farisaico, a Igreja não é para todos. Os beatos, sobretudo quando são betos, comportam-se mesmo como porteiros da Igreja. Sucede que a Igreja não tem portas, logo não pode ter porteiro. A Igreja não tem portas, só umbrais.