O anúncio chegou de supetão, num sábado à noite: o PCP vai mudar de líder, pondo fim a um longo consulado de Jerónimo de Sousa, abrindo caminho a um outro, Paulo Raimundo. Em consciência, dificilmente alguém pode falar de um líder que pouco ou nada conhecemos. Aliás, o PCP é o partido mais difícil de analisar, o seu funcionamento interno é opaco, nada de vidro, e a mensagem é cautelosamente unificada, pelo que muito raramente lhe vemos divergências internas. Mas há algumas notas e pistas que podem ajudar-nos a pensar.
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O PCP, a saída de Jerónimo e o que esperar de Paulo Raimundo (em 4 notas)
O legado de Jerónimo é surpreendente. A mudança vem no tempo certo. Mas nada mudará no posicionamento ideológico do PCP, porque quem entrou neste partido em 1991 não é seguramente um reformador. Raimundo vai agora para a luta - e teria um terreno fértil para começar, não fosse um pequeno detalhe