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Opinião

Angelo Sodano

1927-2022 O italiano ocupou, de 1991 até 2006, o cargo de cardeal secretário de Estado, o segundo lugar na hierarquia vaticana, logo a seguir ao Papa

Ut unum sint, “que todos sejam um só”, foi o lema que escolheu para o brasão do cardinalato, a que foi elevado em 1991, ocupando desde essa data, e até 2006, o cargo de cardeal secretário de Estado, o segundo lugar na hierarquia vaticana, logo a seguir ao Papa. Foi também decano do Colégio dos Cardeais, de 2005 a 2009, e, nessa qualidade, coube-lhe reunir o conclave que, após a inesperada renúncia de Bento XVI, elegeu Francisco como sucessor de Pedro, uma escolha em que não participou, mas na qual teve, diz-se, discreto e decisivo papel, ou não fosse ele uma das maiores eminências, pardas e não pardas, da Igreja Católica das últimas décadas. Do currículo, quilométrico e impressionante, não faltam as controvérsias, algumas até bem graves, com destaque para as acusações de que terá encoberto escândalos de pedofilia e compactuado em excesso com certos ditadores horríveis, com Pinochet à cabeça.