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Opinião

O agroalimentar na geopolítica da UE e na economia nacional “se queres ir depressa, vai sozinho”

Para produzir bem, temos, antes de mais, de continuar a ser competitivos e viáveis. A degradação da cadeia de valor não pode ser opção para um desenvolvimento sustentável

Jaime Piçarra

O sector agroalimentar tem estado empenhado em analisar a concretização das metas europeias sobre a “bio­diversidade” e “do prado ao prato”. O sector também se detém no facto de as metas serem ou não vinculativas. No entanto, além desta questão, porque o ponto de partida dos Estados-membros é muito diferente, convém saber quais os impactos destas estratégias na produção, na soberania alimentar ou ainda no papel que a União Europeia (UE) deve ter, ou pretende assumir, no mercado global, que, diga-se em abono da verdade, pesa cada vez menos na geopolítica mundial. Recea­mos que ao nível do agroalimentar a falta de previsão e planeamento do impacto destas medidas não venha a melhorar a situação de quem produz alimentos no seio da UE nem de quem os compra.