Guerra no Médio Oriente

“Gaza pertence ao povo palestiniano e é parte inalienável do seu território”: Pequim reforça apoio à solução de dois Estados

Governo chinês condena violência em Gaza e declara apoio aos direitos do povo palestiniano

Porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun
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O Governo chinês defendeu hoje que Gaza "pertence ao povo palestiniano e é parte inalienável do seu território", em plena ofensiva israelita contra o grupo islamita Hamas, apelando a um cessar-fogo imediato para aliviar a crise humanitária.

O porta-voz da diplomacia chinesa Guo Jiakun declarou em conferência de imprensa que "é urgente promover um cessar-fogo integral em Gaza" e pediu aos países com maior influência sobre Israel que "assumam com seriedade as suas responsabilidades e garantam a verdadeira implementação do princípio de que os palestinianos governem a Palestina".

"Devemos defender firmemente a solução de dois Estados, fomentar um maior consenso internacional e rejeitar qualquer ação unilateral que fragilize os seus alicerces", afirmou o porta-voz, sublinhando ainda que "a paz não se pode alcançar pela força" e que a violência "não pode comprar segurança".

Guo acrescentou que a China "está disposta a apoiar firmemente a justa causa do povo palestiniano para restabelecer os seus legítimos direitos nacionais e realizar esforços incansáveis por uma solução pronta, integral, justa e duradoura para a questão palestiniana".

Comentando o recente reconhecimento do Estado da Palestina por países como o Reino Unido ou o Canadá, o porta-voz destacou que "a rápida finalização do conflito e o estabelecimento de uma paz duradoura são aspirações partilhadas pelos povos da Palestina, de Israel e do Médio Oriente, e também uma prioridade absoluta para a comunidade internacional".

Uma comissão independente da ONU, defensores dos direitos humanos, organizações não-governamentais e um número crescente de países qualificam como genocídio a ofensiva militar israelita, que já provocou a morte de mais de 65.200 palestinianos, entre os quais mais de 19.000 crianças.

Desde o agravamento do conflito, Pequim tem reiterado a sua "consternação" perante os ataques israelitas contra civis, insistindo na defesa da solução de dois Estados.