Greta Thunberg deixou a direção da Flotilha Humanitária Global Sumud, que procura romper por mar o bloqueio a Gaza, mas mantém-se a bordo como organizadora e participante da missão.
A saída da liderança terá resultado de divergências políticas no seio da organização, que reúne cerca de 50 embarcações e centenas de ativistas — entre os quais a deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua.
Em comunicado, citado pelo "La Reppublica" a ativista sueca reafirmou o seu compromisso com a iniciativa, defendendo “o objetivo da missão humanitária, bem como o poder e o simbolismo da mobilização global por uma Palestina Livre”. Sublinhou ainda que “todos temos um papel a desempenhar para garantir que estes movimentos se mantêm focados no seu propósito: Gaza e Palestina”.
Na delegação portuguesa, que viaja no “barco-mãe” da flotilha, seguem o ativista Miguel Duarte, a deputada Mariana Mortágua e a atriz Sofia Aparício. Este navio transportava também a direção, incluindo Greta Thunberg, que passou entretanto para a tripulação do “Alma”.
A missão já foi alvo de ataques com drones ao largo da Tunísia, nas noites de 8 e 9 de setembro. Os dois barcos atingidos — um com bandeira portuguesa e outro britânica — não sofreram danos relevantes, permitindo à flotilha prosseguir o seu rumo.