Salman al-Bashir, um jornalista que trabalha na Palestine TV tirou o equipamento de proteção enquanto fazia um direto depois de saber da morte de um colega nos bombardeamentos de um hospital em Gaza, esta sexta-feira.
O jornalista estava em direto, a fazer um relato emocionada da situação em Gaza, no exterior do Hospital Al-Shifa, onde soube da morte de um colega e da família.
A pivô, que se encontrava em estúdio, começou a chorar enquanto Bashir, visivelmente emocionado, dava conta que os jornalistas não estão ali para morrer, mas que estão a tornar-se mártires do conflito. Ninguém se importa com o povo palestiniano nem com a dimensão da tragédia.
Enquanto retirou o colete e o capacete de proteção, garantia que os jornalistas não estão a ser protegidos e os equipamentos de proteção a dizer imprensa são “apenas um slogan”.
As autoridades de Gaza, controladas pelo movimento islamita Hamas, acusaram esta sexta-feira o exército israelita de novo ataque contra o Hospital Al-Shifa, principal complexo hospitalar do território, indicando que deixou dezenas de mortos e feridos.
O ministério da Saúde do território palestiniano relatou em comunicado, citado pela agência de notícias local WAFA, que os bombardeamentos atingiram a entrada da unidade hospitalar, onde estava localizada uma ambulância, e que muitos dos feridos estão em estado crítico.