“A incerteza é uma tortura, mais vale saber as piores notícias do que estar à espera. A incerteza, para mim, é a pior coisa que um ser humano pode sentir e é isso que as famílias das pessoas que foram levadas como reféns para Gaza estão agora a sentir”, começa por dizer ao Expresso Ory Slonim, advogado e negociador de reféns israelita, nascido em 1942, antes da criação do Estado de Israel, e que já aconselhou sete ministros da Defesa em situações em que soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) foram declarados desaparecidos em combate ou prisioneiros de guerra.
Desde sábado passado, 7 de outubro, ele e outros antigos negociadores de reféns têm ajudado centenas de famílias que não sabem dos seus, podem estar em Gaza, vivos ou mortos. Podem estar mortos dentro de alguma casa ardida que os militares não tenham ainda vistoriado.