Na Rússia, muitas atenções estão focadas, este domingo, no que se passa na Moldávia. Nesta antiga república soviética, entalada entre a Ucrânia e a Roménia, realizam-se eleições presidenciais e, em simultâneo, um referendo que decidirá se deve ser inserida, no preâmbulo da Constituição, uma cláusula que defina a adesão à União Europeia (UE) como uma aspiração do país.
Entre os 11 candidatos à presidência está a atual chefe de Estado, Maia Sandu (pró-UE), que lidera as sondagens. No caso de ser necessária uma segunda volta, agendada para 3 de novembro, o provável adversário deverá ser Alexander Stoianoglo, um antigo procurador-geral apoiado pelo Partido Socialista, tradicionalmente pró-Rússia.
Maia Sandu espera um “sim” retumbante no referendo à UE. “O nosso voto no referendo definirá o nosso destino durante muitas décadas”, disse este domingo, após votar.
Alexander Stoianoglo, por seu turno, expressando-se em língua russa, disse aos microfones da agência russa RIA Novosti: “A primeira coisa que farei [se vencer], é visitar a Transnístria”. Esta região separatista pró-Rússia da Moldávia, situada na fronteira com a Ucrânia, autoproclamou-se independente e constitui um grande problema interno no país.