Guerra na Ucrânia

UE dá luz verde ao 13.º pacote de sanções contra a Rússia: lista negra europeia já tem mais de 2000 pessoas ligadas a Moscovo

Após ameaças de veto, Hungria deu "sinais claros" de aproximação e o novo pacote de sanções vai ter luz verde no Conselho da União Europeia. Objetivo é afetar a cadeia de produção de drones

Em Bruxelas, um cartaz mostra um cumprimento entre Volodymyr Zelensky (Presidente da Ucrânia) e Roberta Metsola (Presidente do Parlamento Europeu)
Artur Widak / NurPhoto / Getty Images

A União Europeia aprova esta quarta-feira um novo pacote de sanções contra a Rússia, o 13º desde o início da guerra contra a Ucrânia: foram adicionados cerca de 200 pessoas, entidades ou empresas com ligações a Moscovo, e a ‘lista negra’ de Bruxelas fica a partir de agora com mais de 2000 nomes no total.

“Temos de continuar a degradar a máquina de guerra de Putin”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apontando que a “pressão” das instituições europeias sob o Kremlin continua “alta" – tendo o regime geral de sanções sido renovado para os próximos seis meses.

Desta vez, as restrições aplicadas focam-se nas cadeias de produção de drones e respetivos componentes que continuam a chegar às forças militares de Moscovo no terreno, incluindo empresas russas e de outros países.

Um acordo entre os 27 estados-membros para a aprovação deste pacote de sanções chegou a estar em cima da mesa na semana passada, mas a Hungria mostrou reservas e acenou com um veto. O cenário mudou entretanto.

“Nos últimos dias, recebemos sinais claros da Hungria de que não se iriam opor a um novo pacote de sanções”, diz ao Expresso fonte diplomática, apontando que os embaixadores dos Estados-membros junto da UE aprovaram as medidas “bastante rápido, sem qualquer discussão, apenas com uma declaração da Hungria”.

O objetivo dos decisores europeus é terminar o texto final referente às novas restrições contra Moscovo e aprová-lo por procedimento escrito, “para garantir que é publicado no dia 24 de fevereiro, assinalando o trágico aniversário do início da agressão russa”, sublinha a mesma fonte.