A Rússia tem um calendário eleitoral muito recheado no próximo ano. As eleições presidenciais estão agendadas para março, já depois de a guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão russa do país vizinho, completar dois anos. Mais adiante, setembro de 2024 volta a ser um mês farto, com eleições intercalares para a Duma (câmara baixa do Parlamento russo), regionais e municipais.
Neste contexto, e sobretudo a pensar nas presidenciais, as Forças Armadas russas têm recorrido cada vez mais ao recrutamento nas prisões para reforçarem as suas fileiras. Visando conter o descontentamento popular com nova mobilização controversa para a guerra na Ucrânia, o método tem suscitado a estupefação dos familiares das vítimas de alguns dos mais terríveis crimes cometidos na Rússia.