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Guerra na Ucrânia

"Em caso de batalha, não use o telemóvel. É como ter um farol no bolso”: assim é a guerra na era da espionagem de smartphone e redes sociais

Usar telemóveis na frente de batalha coloca um alvo nas costas dos militares de ambos os lados. Ucranianos e russos exploram técnicas que existem há anos, mas que se têm tornado cada vez mais frequentes na guerra moderna. Ninguém está seguro com um telemóvel no bolso, garantem os analistas ouvidos pelo Expresso

"Os militares modernos terão de decidir se devem permitir que as tropas tenham esse farol nos seus bolsos"
Anadolu Agency

Um telemóvel pode ser uma arma poderosa (e perigosa) durante uma guerra, e é isso que o conflito na Ucrânia tem vindo a provar. A interceção de sinais já existe enquanto disciplina há mais de um século, tal como a ideia de explorar as comunicações adversárias já existe há muito tempo. Raphael S. Cohen, investigador de Ciência Política do 'think-tank' RAND, que fornece análises e informação às Forças Armadas dos Estados Unidos, garante, por isso, que as táticas usadas por russos e ucranianos não são novas, e que já foram levadas a cabo, por exemplo, pelos israelitas em Gaza, entre 2014 e 2015.