Exclusivo

Guerra na Ucrânia

Rússia corre o risco de ficar cientificamente isolada durante anos: "Ficará para trás até na área da energia e perderá oportunidades"

Começam a ser cortados os laços científicos com a Rússia: instituições e equipas que desistem de colaborar com cientistas russos, projetos que ficam suspensos e dados que deixam de ser partilhados com a comunidade científica do país. O resultado, segundo Robin Grimes, antigo consultor científico do Ministério da Defesa britânico para a ciência e tecnologia nuclear, será um atraso em vários setores da economia russa

Universidade de Voronej, na Rússia
SOPA Images

Robin Grimes, antigo consultor científico do Ministério da Defesa britânico para a ciência e tecnologia nuclear, acredita que, com o isolamento científico da Rússia cada vez mais evidente, o país "ficará para trás até na área da energia", onde se destaca. O professor de Física de Materiais do Imperial College London esteve no Gana durante três dias, para trabalhar num projeto de desenho de sistemas que emitem pouco carbono para auxiliar os serviços de saúde. No entanto, aceitou conversar com o Expresso, sobre estes sinais, que acredita que são preocupantes.