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Polónia

Donald Tusk aguarda sinal verde ou vermelho de presidenciais vistas como “referendo” à sua governação

Rafał Trzaskowski, candidato do partido do primeiro-ministro, tem Karol Nawrocki, apoiado pela oposição nacionalista, como principal adversário. As sondagens são favoráveis a Trzaskowski na primeira volta deste domingo, mas a situa­ção pode complicar-se na segunda volta. Se o próximo Presidente for Nawrocki, pode ser força de bloqueio ao Governo centrista e pró-UE de Tusk, como é o atual

Karol Nawrocki e Rafał Trzaskowski no último debate antes da primeira volta das eleições presidenciais na Polónia
NurPhoto/Getty Images

No final de 2023, Donald Tusk interrompeu um ciclo de oito anos de governação do partido nacionalista e conservador Lei e Justiça (PiS) na Polónia. Primeiro-ministro entre 2007 e 2014, Tusk voltou a chefiar o Executivo. Contudo, o Presidente do país, Andrzej Duda, apoiado pelo PiS, manteve-se como força de bloqueio, travando reformas que o Governo centrista e pró-europeu quis pôr em prática, nomeadamente quanto à independência judicial e aos media públicos.

As presidenciais, cuja primeira volta se disputa domingo e em que Duda não se pode recandidatar, podem ser a chave para desbloquear a governação. Tal só será possível se o vencedor for Rafał Trzaskowski, presidente da Câmara de Varsóvia e candidato da Plataforma Cívica (PO) de Tusk. O autarca da capital tem pela frente Karol Nawrocki, diretor do Instituto da Memória Nacional, apoiado pelo PiS.