Da sua tumba no cemitério de El Pardo, nos arredores de Madrid, Francisco Franco volta a ser motivo de confronto entre espanhóis, agora dialético. O ditador, que foi figura central do golpe de Estado contra a II República em 1936, chefiou um Exército ideologizado que venceu a sangrenta guerra civil de 1936-39. Depois, governou Espanha com punho de ferro, durante quase quatro décadas.
O “generalíssimo” morreu a 20 de novembro de 1975 e foi sepultado na basílica do Vale dos Caídos, de onde foi removido em 2019, por decisão do primeiro-ministro Pedro Sánchez. Passados cinco anos, volta a estar no centro de uma amarga controvérsia que ameaça tornar-se epicentro da polarização que se prenuncia na disputa política espanhola no ano que agora começa.