EUA

Pressão sobre o apuramento dos resultados das eleições na Geórgia em 2020: tribunal rejeita acusações contra Trump

Tribunal do condado de Fulton, Geórgia, determinou que seis das acusações neste processo devem ser anuladas, incluindo três contra Trump, o presumível candidato presidencial republicano em 2024

Donald Trump
Marco Bello

O juiz que supervisiona o caso de interferência eleitoral no estado norte-americano da Geórgia rejeitou esta quarta-feira algumas das acusações contra o ex-presidente Donald Trump, mas muitas outras permanecem. O tribunal do condado de Fulton, Geórgia, determinou que seis das acusações neste processo devem ser anuladas, incluindo três contra Trump, o presumível candidato presidencial republicano em 2024.

Contudo, o tribunal deixou intactas diversas outras acusações, sugerindo que os procuradores do Ministério Público procurem uma nova abordagem para as apresentar perante o sistema judicial. Esta foi a primeira vez que as acusações em qualquer um dos quatro processos criminais em que Trump está envolvido são rejeitadas, com o tribunal a considerar que os procuradores não apresentaram provas suficientemente sustentadas.

As seis acusações em questão têm a ver com a solicitação para que funcionários eleitorais violassem os seus juramentos de posse, para alterar o resultado das eleições presidenciais de 2020, incluindo um telefonema que Trump fez ao secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, um republicano, em 2 de janeiro de 2021. "Apenas preciso disso: só quero encontrar 11.780 votos, um a mais do que temos", disse Trump durante o telefonema, o que o Ministério Público entendeu ser uma pressão abusiva do presidente para alterar o resultado eleitoral.

O caso acusa Trump e outras 18 pessoas de conspirarem para reverter a sua derrota nas eleições presidenciais de 2020 naquele estado. A acusação, de quase 100 páginas, apresenta dados sobre dezenas de atos cometidos por Trump para reverter a sua derrota, incluindo o assédio de um funcionário eleitoral e a tentativa de persuadir os congressistas da Geórgia para que adulterassem o resultado eleitoral.