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Invasão do Planalto: um ano depois do ataque à democracia brasileira “falta pegar o peixe graúdo”

Um ano depois do ataque à democracia brasileira e da vandalização traumática das sedes do poder Executivo, Legislativo e Judicial em Brasília, o Expresso elenca 13 tópicos para ajudar a entender o que foi feito para apurar responsabilidades. Conversámos com os professores de Ciência Política, Renato Lessa e Octávio Amorim Neto

Ataque às sedes do poder Executivo, Legislativo e Judicial em Brasília, a 8 de janeiro de 2023
UESLEI MARCELINO/REUTERS

1. Um ano depois do ataque às sedes dos Três Poderes em Brasília, os responsáveis foram todos punidos?

Não. No passado dia 3 (há apenas 5 dias) permaneciam detidas preventivamente 66 pessoas das 2100 que tinham sido presas por envolvimento na vandalização das sedes dos Três Poderes na capital brasileira. Do total de acusados, apenas 30 foram condenados.


2. A justiça brasileira foi célere na investigação?

“A justiça brasileira não foi lenta. Foi bem mais rápida a atuar no sentido de processar as pessoas envolvidas nos atos de depredação do que a justiça americana tinha sido no caso do ataque ao Capitólio, dois anos antes, a 6 de janeiro de 2021”, disse ao Expresso Octávio Amorim Neto, professor de Ciência Política da Fundação Getúlio Vargas.


3. Quem foi apanhado na investigação: mandantes, financiadores ou executores?

“Falta pegar o peixe-graúdo.” Este veredicto é defendido por Amorim Neto e, também, pelo professor de Filosofia Política Renato Lessa, com quem o Expresso conversou há um ano, um dia depois do ataque à democracia brasileira.