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Timor-Leste

Timor-Leste “é uma história feliz que nos deve inspirar”, diz Durão Barroso nos 25 anos do referendo

Guterres considera que processo de autodeterminação timorense não seria possível no mundo de hoje, mas ex-presidente da Comissão Europeia acredita que Timor mostra como o direito internacional ainda vale alguma coisa

Valentino Dariell De Sousa/Getty Images

À chegada a Díli para as celebrações dos 25 anos do referendo à autodeterminação de Timor-Leste, António Guterres - que como primeiro-ministro conseguiu a intervenção da ONU aprovada por unanimidade no Conselho de Segurança - mostrou todo o seu pessimismo no mundo atual. “A experiência de Timor-Leste foi possível num mundo em que as divisões geopolíticas não eram como são hoje. Estamos infelizmente num mundo em que há uma impunidade quase total. Ninguém, tem respeito por ninguém, nem por nada. Ninguém tem respeito pela Carta das Nações Unidas, nem pelo direito internacional. Nem pelas potências porque as potências se neutralizam umas às outras”, disse o atual secretário-geral das Nações Unidas, um dos muitos convidados para os festejos que, por estes dias, assinalam a consulta que permitiu o nascimento do primeiro país do século XXI.