Ásia

Seul adverte Coreia do Norte sobre possível resposta militar após envio de balões com lixo

Coreia do Norte lançou um total de 5500 balões de lixo em 22 ocasiões entre esta segunda-feira, 23 de setembro e 28 de maio", acrescentou a liderança militar sul-coreana

Balões atravessam os céus da Coreia do Sul, lançados a partir do país vizinho
EPA

A Coreia do Sul advertiu, esta segunda-feira, a Coreia do Norte sobre uma possível "resposta militar severa", depois de o Norte ter voltado a lançar balões com lixo para o Sul.

"Embora os balões de lixo norte-coreanos causem muitos inconvenientes e dificuldades, a nossa medida fundamental para os erradicar é demonstrar 'que o inimigo não tem nada a ganhar'", considerou o Estado-Maior Conjunto sul-coreano, em comunicado.

"Mesmo assim, se for criado um perigo grave para a segurança dos nossos cidadãos ou se considerarmos que o Norte ultrapassou os limites, o nosso exército tomará medidas severas", advertiu.

A mensagem surgiu depois de a Coreia do Norte ter enviado mais balões nos últimos dias - cerca de 120 só entre domingo e segunda-feira - para o Sul.

A Coreia do Norte lançou um total de 5500 balões de lixo em 22 ocasiões entre esta segunda-feira, 23 de setembro e 28 de maio, acrescentou a liderança militar sul-coreana.

Em resposta a apelos para que estes balões sejam abatidos no ar, o Estado-Maior Conjunto sul-coreano afirmou que tal "podia colocar um problema de segurança maior" para os cidadãos, devido à possibilidade de disseminação de materiais perigosos.

Pyongyang tem estado a enviar estes balões com lixo em resposta aos balões de propaganda anti-regime enviados para o Norte a partir do Sul.

Estas ações, juntamente com as tentativas norte-coreanas de interferir com o sistema GPS no ambiente da península coreana, levaram Seul a suspender, a 4 de junho, o tratado para diminuir a tensão militar nas zonas fronteiriças que tinha assinado com o Norte em 2018.

Depois da suspensão do pacto, o exército sul-coreano reinstalou altifalantes com propaganda crítica ao regime na fronteira e tem feito emissões em resposta aos lançamentos de balões.